“Fui ameaçado pelo MBL”, diz vereador João Bettega após ser expulso do grupo

O ki-suco ferveu no MBL e na Câmara de Curitiba, após o grupo de extrema direita expulsar e pedir a cassação do vereador João Bettega (União).

“Podem tentar me derrubar! Sou íntegro e tenho consciência tranquila”, declarou Bettega.

O Movimento Brasil Livre (MBL) decidiu jogar uma bomba no tabuleiro político de Curitiba. O alvo? O vereador João Bettega (União Brasil). Sob a acusação de quebra de decoro parlamentar, o grupo protocolou nesta segunda-feira (12) um pedido de cassação contra o parlamentar, transformando a Câmara Municipal em um campo minado.

O líder nacional do MBL, deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), se manifestou publicamente nas redes sociais defendendo a cassação de Bettega. Em um vídeo contundente, Kataguiri afirmou: “Nosso compromisso com a ética não é negociável.”

Em uma entrevista exclusiva, João Bettega rebateu as acusações e revelou os bastidores da crise. Segundo ele, o problema começou com divergências ideológicas dentro do MBL e se agravou após seu rompimento com o grupo.

“Eu sempre fui a favor da união da direita. O MBL nunca foi a favor disso. Havia essa discordância dentro do grupo”, afirmou Bettega. Ele também revelou que recebeu ameaças: “Fui ameaçado por um assessor. Ele falou que, se não fosse para resolver no carinho, seria no ódio.”

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De acordo com a denúncia apresentada pelos ex-assessores de Bettega, o vereador teria conhecimento da nomeação de José Luiz Velloso, condenado por improbidade administrativa, para o Instituto Municipal de Turismo de Curitiba. Bettega, no entanto, optou por não denunciar imediatamente o fato, o que gerou a crise.

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Nos áudios divulgados, Bettega teria afirmado que manteria o caso como “carta na manga”. “É interessante a gente ter essa carta na manga e usar quando precisar”, diz a gravação atribuída ao vereador.

Nos bastidores, o pedido de cassação é visto como o ápice de uma disputa interna de poder no MBL, como revelou o próprio João Bettega. O vereador afirma que foi pressionado e ameaçado por discordar das diretrizes do grupo, que agora tenta eliminá-lo como uma forma de controle e reafirmação de autoridade.

Com o pedido de cassação em andamento, o futuro político de João Bettega é incerto. O primeiro suplente Alexandre Leprevost (União) já se posiciona como o herdeiro natural da cadeira.

A crise expõe mais do que uma disputa interna. Revela o desgaste do MBL, que, em busca de sobrevivência política, parece disposto a sacrificar antigos aliados.

No final, fica a dúvida: o MBL está preocupado com a ética ou apenas ajustando o jogo para manter o controle?

Acompanhe mais detalhes no Blog do Esmael.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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