Folha intensifica ataques ao serviço público para favorecer o mercado financeiro

Nos últimos tempos, temos assistido a uma campanha agressiva da Folha de S.Paulo contra o funcionalismo público. O jornal, pertencente ao Grupo Folha — dono da máquina de pagamentos online “Moderninha” e o PagBank — tem direcionado suas críticas aos servidores e aos serviços essenciais prestados à sociedade. Mas qual seria o real interesse por trás dessa postura?

A publicação tem destacado dados que sugerem um “inchaço” no serviço público, especialmente nas prefeituras e em áreas fundamentais da União, como saúde, educação e meio ambiente. Ao mesmo tempo, omite a importância desses profissionais para a economia local e para a garantia de direitos básicos à população.

É importante lembrar que muitos municípios brasileiros dependem diretamente do funcionalismo para movimentar sua economia. Segundo dados do IBGE, quase metade das cidades do país tem na administração pública sua principal atividade econômica. Ao atacar o serviço público, a Folha ignora o impacto social e econômico que esses trabalhadores representam.

Além disso, a estabilidade dos servidores é frequentemente colocada em xeque. Comparações com países como a Suécia, onde apenas 1% dos servidores têm estabilidade, desconsideram as peculiaridades do Brasil, um país marcado por profundas desigualdades e problemas sociais. A estabilidade aqui não é um privilégio, mas uma garantia de que os serviços essenciais não serão interrompidos por influências políticas ou interesses econômicos.

Ao questionar reajustes e contratações no setor público, o jornal parece ignorar que muitos órgãos enfrentam déficit de pessoal, afetando a qualidade dos serviços prestados. Áreas como o Ibama, INSS e Ministério da Saúde têm sofrido com a falta de servidores, comprometendo ações fundamentais para a sociedade.

A postura da Folha levanta suspeitas sobre possíveis conflitos de interesse. Sendo parte de um conglomerado que atua no mercado financeiro, de pagamentos eletrônicos e especulação, por meio de fundos, questiona-se se os ataques ao funcionalismo não serviriam para abrir espaço para a privatização de serviços e a expansão de negócios privados.

Há interesses e propriedade cruzados nessa agenda de ataques ao setor público, promovida pela Folha, com a especulação financeira, que é contrária à sociedade brasileira.

Os jornalões da velha mídia, hoje, ou são braços de bancos ou de fundos de investimentos. Vide o caso da Folha, cujo negócio principal é o PagBank, a máquina “Moderninha” de pagamento online, dentre outros produtos da fintech.

Qual seja, o jornalão paulistano é um banco e assim deve ser tratado.

É fundamental que a sociedade faça uma leitura crítica dessas narrativas da velha mídia corporativa. Valorizar o serviço público é defender direitos conquistados e garantir que a população tenha acesso a serviços de qualidade. O enfraquecimento do Estado só interessa àqueles que veem na precarização dos serviços uma oportunidade de lucro.

Destino Iguaçu

Em tempos de tantas informações desencontradas, é nosso papel questionar: a quem interessa a desvalorização do funcionalismo público? E mais importante, que consequências isso traz para a sociedade como um todo?

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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