Chanceler da Venezuela denuncia agressões à nação bolivariana na Assembleia Geral da ONU
O chanceler da Venezuela, Yván Gil, denunciou perante a Assembleia Geral da ONU as agressões contra a nação bolivariana
Gil destacou que, ao longo de cinco séculos, o país tem resistido ao colonialismo e buscado construir uma sociedade baseada em igualdade, justiça e liberdade, inspirada no legado de Simón Bolívar.
Recordou que os povos originários foram exterminados durante a colonização e que a luta de resistência culminou nas batalhas libertadoras que emanciparam a América do Sul. Ressaltou que a Venezuela sempre foi alvo de bloqueios e golpes, como o contra Cipriano Castro no início do século XX, orquestrado por interesses estrangeiros.
Destacou que, em 1999, o povo venezuelano impulsionou um projeto soberano e independente com a Revolução Bolivariana liderada por Hugo Chávez, que fortaleceu o movimento popular, a democracia e a política nacionalista de recursos naturais, especialmente o petróleo.
Gil afirmou que, desde o início, o imperialismo tentou derrubar Chávez, mas o povo venezuelano o respaldou em 32 eleições. Após sua morte, Nicolás Maduro deu continuidade ao projeto emancipador, apesar da guerra econômica e política imposta pelos EUA e seus aliados.
Enumerou agressões sofridas pela Venezuela: conspirações, tentativa de magnicídio, incursões mercenárias e 1.042 sanções que afetam a economia e a indústria petrolífera. Acrescentou que agora se soma uma ameaça militar ilegal que viola a Carta da ONU e o direito internacional.
O chanceler agradeceu a solidariedade de organismos como a CELAC, BRICS e MNOAL, e condenou a política de agressão contra países como Iraque, Líbia, Afeganistão e Irã. Advertiu que o mesmo tipo de mentira usado para justificar guerras agora é aplicado contra a Venezuela.
Reafirmou que o país mantém uma vocação de paz, autodeterminação e soberania, e que fará parte do mundo multipolar em formação, citando a visão bolivariana de equilíbrio universal. Recordou a contribuição de Chávez com a criação de organismos regionais como ALBA, Petrocaribe, UNASUL e CELAC.
Declarou apoio às lutas e resistências de povos como Palestina, Cuba, Nicarágua, Irã, Zimbábue, Coreia do Norte, Belarus e Eritreia, além de respaldar a Rússia contra o neonazismo e a China em sua visão de comunidade global compartilhada.
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Ratificou o apoio à Argentina na recuperação das Malvinas e à causa de Porto Rico e do povo saarauí. Defendeu o fortalecimento da ONU através do “Grupo de Amigos em Defesa da Carta”, rejeitando tentativas hegemônicas de destruição da ordem internacional.
Por fim, reiterou que a Venezuela não representa ameaça a nenhuma nação, mas sim uma esperança de paz, igualdade e solidariedade. Concluiu reafirmando o compromisso de lutar contra colonialismo, exploração e escravidão, e de contribuir para um mundo mais humano.
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Publicação de: Viomundo