Bolsonaro condena explosões em Brasília e vê cortina de fumaça de Lula

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) quebrou o silêncio nesta quinta-feira (14) ao se manifestar sobre as explosões que abalaram Brasília na noite anterior. Em nota divulgada nas redes sociais, Bolsonaro lamentou os acontecimentos, mas sugeriu que o governo estaria utilizando o incidente como uma “cortina de fumaça” para desviar a atenção dos cortes nas áreas sociais e da crescente desaprovação do presidente Lula (PT).

As explosões ocorreram em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) e resultaram na morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos. Francisco era ex-candidato a vereador pelo PL na cidade de Rio do Sul (SC) nas eleições de 2020. O corpo só foi retirado do local na manhã desta quinta-feira, cerca de 13 horas após as detonações. As autoridades ainda trabalhavam na detonação de artefatos e na investigação de pacotes suspeitos encontrados em um trailer próximo à Esplanada dos Ministérios e na casa alugada por Francisco no Distrito Federal.

Nos bastidores políticos, há quem avalie que o projeto de anistia a Bolsonaro e aos presos pelo 8 de janeiro está praticamente descartado após os eventos da noite passada. Com isso, o ex-presidente seguiria inelegível, e a direita buscaria um novo nome para disputar as eleições de 2026. Um dos nomes cogitados é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Contudo, antes das explosões que sacudiram Brasília, Bolsonaro vinha afirmando que ele próprio seria o candidato em 2026 e que a liderança de Tarcísio se restringia ao estado de São Paulo.

Em sua nota, Bolsonaro enfatizou a necessidade de pacificação nacional e apelou para que as instituições promovam um ambiente propício ao diálogo entre as diferentes forças políticas. “Já passou da hora de o Brasil voltar a cultivar um ambiente adequado para que as diferentes ideias possam se confrontar pacificamente”, declarou.

Por outro lado, a presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, utilizou as redes sociais para pedir punição aos “chefes” dos extremistas e descartou qualquer possibilidade de anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e ao ex-presidente Bolsonaro. “Com a extrema direita não se brinca, diante dela não se pode vacilar, muito menos ‘normalizá-la’. Julgar e punir os mandantes do golpe de 8 de janeiro é a prioridade das prioridades para assegurar a paz no Brasil”, afirmou.

A tensão entre os dois polos políticos evidencia a tensão do momento atual. Enquanto Bolsonaro acusa o governo de utilizar o incidente como distração, líderes do PT reforçam a necessidade de responsabilização dos envolvidos em atos antidemocráticos. A discussão sobre a anistia e a elegibilidade de Bolsonaro ganha dramaticidade, aumentando a incerteza sobre o cenário político das próximas eleições.

A sociedade brasileira acompanha apreensiva os desdobramentos dessas ações e declarações. O momento exige serenidade e compromisso com a democracia, para que o país possa superar as divisões e avançar rumo a um futuro de estabilidade e prosperidade para todos.

Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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