Ato do MST em João Pessoa pressiona Incra pelo assentamento de 2.500 famílias paraibanas
Cerca de 300 pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) na Paraíba se reuniram, nesta segunda-feira (16), na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em João Pessoa (PB). O grupo buscou diálogo com a superintendência e com os técnicos do Incra no estado com o objetivo de reivindicar recursos federais para o assentamento das famílias acampadas no estado.
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Segundo o MST-PB, existem, atualmente, cerca de 2.500 famílias vivendo em acampamentos, debaixo de lona. Ao todo, são 23 acampamentos distribuídos pelo estado, de Alhandra a Cajazeiras. A ação integra uma jornada de mobilizações do MST em todo o Brasil para pressionar o governo Lula (PT) a avançar nas políticas de implementação da reforma agrária e encorpar o orçamento voltado ao tema.
O grupo tratou, ainda, da urgência da reforma agrária e da implantação de políticas públicas. As ações seguem durante todo o dia, com reuniões, místicas e negociações para que mais pessoas possam ter acesso à terra e uma vida mais digna.
Famílias acampadas e assentadas do MST-PB no Incra, em João Pessoa / Débora Mendonça, MST-PB
Esse dia de diálogo com as instituições e órgãos públicos se dá pela “Jornada Nacional por Terra e Comida de Verdade para o Povo”, que pressiona o governo federal a avançar na reforma agrária. Eva Alves, dirigente estadual de Direitos Humanos do MST, explica que a visita ao Incra de João Pessoa não tem caráter de ocupação e busca um diálogo com a superintendência e técnicos do Incra no estado.
“Trouxemos aqui pautas emergentes e urgentes como a do orçamento e da obtenção de terras para as famílias acampadas da Paraíba. Será um dia de diálogo para resoluções imediatas, acordos, precisamos conversar com a superintendência e os técnicos para que entendam nossas reinvindicações”, pontuou a dirigente.
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Acampamentos da Paraíba
De acordo com o MST da Paraíba, hoje existem cerca de 2.500 famílias vivendo em 23 acampamentos distribuídos pelo estado.
“Tem acampamentos que estão há muitos anos com famílias vivendo embaixo de uma lona, por isso viemos pedir o cadastramento urgente desse povo para obtenção de terras”, afirmou Eva.
Acampamento Nossa Senhora da Pureza, em Belém de Caiçara (PB) / Carla Batista
Soberania alimentar
Também nesta segunda-feira (16) é celebrado o dia da Soberania Alimentar, que pauta a defesa do direito dos povos de estabelecer suas próprias políticas agrícolas e alimentares. Neste dia, em todo o país, diversas atividades estão sendo realizadas a partir da Jornada de Lutas do MST “Por Terra e Comida de Verdade para o Povo”, para expressar que Reforma Agrária é Comida no Prato.
Produções de frutas e verduras do Acampamento Wanderley Caixe, que fica em Pedras de Fogo (PB) / Foto: Carla Batista
“Buscamos a promoção da produção local, agroecológica e acessível de alimentos, respeitando as culturas e tradições de cada lugar. A soberania alimentar reduz a dependência de importações de alimentos, fortalecemos a segurança alimentar e priorizamos as necessidades das comunidades em vez dos interesses comerciais globais”, escreveu o MST Nacional.
Publicação de: Brasil de Fato – Blog
