Pedro Amaral: O espírito de Hitler revive na destruição de Gaza

O Lebensraum israelense e a destruição de Gaza

“Para o bem ou para o mal, a Palestina não é uma causa apenas árabe ou islâmica – ela é importante para muitos mundos diferentes, contraditórios, mas que se entrecruzam. […] A Palestina é a grande causa moral do nosso tempo” (Edward W. Said, Cultura e política, 2003)

Por Pedro Amaral*

O genocídio em curso na Faixa de Gaza, perpetrado por Israel em parceria com os EUA, compartilha, evidentemente, diversas características com os demais genocídios conhecidos e documentados, inclusive os mais notórios dos últimos cento e poucos anos, como os que vitimaram os armênios; os herero e os nama na Namíbia; os bósnios; os tutsi em Ruanda; as minorias étnicas no Camboja e no Sudão; os judeus e os ciganos sob o nazismo.

Em todos esses casos estão atendidos alguns, senão todos os critérios para a caracterização desse tipo de crime, nos termos da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 1948 e ratificada pelo Brasil por meio do Decreto nº 30.822/1952, assinado por Getúlio Vargas.

No genocídio, lembremos, é atacado um grupo – étnico, nacional ou religioso – claramente identificável, e há um intuito também claro de destruir esse grupo, no todo ou em parte, intuito este que se concretiza por meio de ataques diretos e pela destruição sistemática dos meios de subsistência da população, [1] de par com uma estratégia de desumanização no plano simbólico, implementada por meio de uma linguagem belicista que reduz o grupo-alvo a “praga”, “câncer”, “vermes”, “animais” a serem eliminados. Uma terminologia que facilita e mesmo induz à violência em massa.

Contudo, o genocídio palestino, que atravessa décadas (seu marco inicial é a Nakba de 1948) e ganhou novo ímpeto em outubro de 2023, destaca-se nesse horrendo mostruário por ao menos duas características principais, às quais se soma o uso da mais avançada tecnologia de destruição conhecida até aqui.

A primeira delas, também relacionada a um avanço tecnológico sem precedentes – neste caso, a explosão da comunicação via internet –, é o fato de este ser o genocídio mais bem documentado da história, o primeiro acompanhado em tempo real pela população do globo, em que pesem as concessões e compromissos de grupos de comunicação com o lobby sionista (não nos esqueçamos dos constrangedores editoriais negacionistas que vêm sendo expelidos pelo envilecido Estadão).

Em meio à pletora de evidências, o registro do assassinato do ativista Odeh Hadalin (membro da equipe do premiado documentário “Sem chão”) pelo colono israelense Yinon Levi, feito pela própria vítima, e a morte do jornalista Anas Al-Sharif, da rede Al-Jazeera, em ataque aéreo que ele mesmo acabara de cobrir, demonstram que este é um massacre tão documentado quanto possível.

A segunda característica distintiva do genocídio em curso, difícil de encontrar com a mesma nitidez em massacres pregressos, é a clareza cristalina de propósitos anunciada pelos algozes, os quais, embora ainda invoquem, aqui e ali, o ultra-desgastado argumento do “direito à autodefesa” (na verdade, uma releitura do conceito de “espaço vital” que fundamentou o expansionismo nazista), trazem a público, sem pejo, seu ímpeto racista e o objetivo de dar números finais à limpeza étnica iniciada décadas passadas.

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A ordem de Tel Aviv, claro está, é consolidar uma supremacia de judeus brancos no território colonizado (a que fanáticos da coalizão governante se referem como “Judeia e Samaria”).

Já em 9 de outubro de 2024 (dois dias após o ataque-surpresa, ou não tão surpresa, do Hamas, que cobrara 1.139 vidas), o então o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, anunciou que seu país passara a impedir o fornecimento de água, gás, combustíveis e alimentos à região palestina: “A ordem foi para se estabelecer o bloqueio total para a Faixa de Gaza. Não haverá eletricidade, nem comida, nem água, nem combustível: tudo fechado”, explicou Gallant, em entrevista à imprensa local.

E arrematou, numa declaração para os livros de história: “Estamos combatendo animais humanos e agindo em conformidade” (BBC News, 07/10/2023).

O cerco a Gaza, como sabemos, obedece a uma estratégia iniciada muito antes da chacina de israelenses em uma rave próxima à fronteira do campo de concentração, em que pesem as tentativas de reescritura da História por parte dos divulgadores da Hasbará sionista. [2]

Em 27/10/2009, para pinçarmos apenas um exemplo, a Anistia Internacional acusava o protetorado de negar aos palestinos o acesso à água nos territórios ocupados: “Israel permite o acesso palestino a apenas uma fração dos recursos hídricos comuns, a maioria sitiada na Cisjordânia ocupada, enquanto os assentamentos israelenses estabelecidos ilegalmente no local recebem suprimentos praticamente ilimitados. Em Gaza, o bloqueio israelense agravou uma situação que já era crítica. […] Enquanto o consumo diário de água dos palestinos alcança apenas 70 litros por dia por pessoa, o consumo israelense ultrapassa 300 litros por dia, o quádruplo. […] Em algumas vilas palestinas, devido ao acesso severamente restrito à água, os agricultores não podem cultivar a terra, nem mesmo para produzir alimento para a subsistência de suas famílias ou forragem para seus animais” (Comunicação&política, V. 27, nº 3, setembro de 2009, pps. 179-181).

O bloqueio como política de punição coletiva intensificou-se durante o mandato do primeiro-ministro Ehud Olmert (2006-2009), durante o qual Israel exibiu o mesmo portfólio de crimes de que se serve hoje: entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o enclave lançou a Operação Chumbo Fundido, também conhecida como Massacre de Gaza, uma ofensiva massiva, indiscriminada sobre o gueto palestino que matou quase 1.500 pessoas (incluídas ao menos 300 crianças), feriu mais de 5.000 e deixou 100 mil desabrigadas; também prosseguiram, no período, as demolições de casas, assassinatos e detenções arbitrárias de praxe na Cisjordânia ocupada.

Olmert (ex-integrante do Likud de Sharon e Netanyahu), contudo, é claro ao descrever a carnificina atual: “O que estamos fazendo em Gaza é uma guerra de extermínio: matança indiscriminada, desenfreada, brutal e criminosa de civis” (Haaretz, 27/05/2025).

Voltando: o anúncio de Gallant não foi uma declaração isolada do alto escalão do protetorado. Passado quase um ano, ainda no cargo de Ministro das Finanças de Israel, o colono ultradireitista Bezalel Smotrich afirmou haver sido forçado pelas circunstâncias a aliviar o bloqueio a Gaza (segundo ele, moralmente justificável, mesmo ao custo de matar milhões de pessoas de fome), para evitar uma reação internacional: “Estamos desmantelando Gaza e deixando-a reduzida a pilhas de escombros, com uma destruição total sem precedentes no mundo. E o mundo não está nos impedindo” – declarou Smotrich ao justificar o recuo tático, assim fazendo uma avaliação precisa da inércia da dita “comunidade internacional” perante o horror que ele, orgulhoso, ajudava a perpetrar. [3]

Fora do governo, outras personalidades têm sido igualmente explícitas ao vocalizar o zeitgeist dominante no enclave sionista.

Ex-integrante do Likud de Netanyahu, hoje em sua própria organização extremista (que atende pelo sugestivo nome de Zehut, ou “identidade”), Moshe Feiglin chegou a citar, numa entrevista ao Channel 12 israelense em junho de 2024, o pai do holocausto judeu para justificar o estabelecimento da Gaza hebraica: “Não somos hóspedes em nosso país; este é o nosso país, ele todo. […] Como disse Hitler: ‘Não posso viver enquanto houver um único judeu’. Não podemos viver aqui se restar um único islamo-nazista em Gaza”. [4]

Em declaração incomum para um líder religioso, e amplamente divulgada nas redes sociais (mas misteriosamente ignorada pelas agências de notícias), o rabino sionista Ronen Shaulov, imbuído do mesmo espírito genocida, clamou em 28/07/2025: “Todos os habitantes de Gaza, todas as crianças de Gaza, devem morrer de fome”.[5]

Com efeito, essa identificação precisa do grupo étnico a ser eliminado ecoa o ideário do Führer, que registrou em Minha Luta (1925), anos antes dos acontecimentos que ninguém ignora: “Eu considerei que havia somente um verdadeiro inimigo: os judeus. Eles formavam a única fonte real de ameaça”. E ainda: “Meu lema não é incomodar o inimigo, mas destruí-lo por todos os meios”.

É sintomático, pois, que a identificação – de resto, óbvia – entre sionismo e nazismo gere reações extremadas entre representantes do “povo escolhido” identificados com a doutrina de Theodor Herlz (os quais xingam de antissemitas ou self-hating Jews, conforme o caso, quem lhes fustigue a ferida narcísica), e acione um mecanismo de defesa mesmo em aliados de Israel – como a velha Alemanha, que carrega na má-consciência o peso dos genocídios que praticou.

Embora manifestações massivas contra o extermínio venham tomando as grandes cidades de diversos países (no último 9 de agosto, quase 500 manifestantes foram detidos no centro de Londres, inclusive idosos e pessoas com deficiência), e mesmo em Tel Aviv tenham sido registrados protestos relevantes, o apoio à limpeza étnica segue majoritário entre os israelenses.

Pesquisa encomendada pelo jornal progressista Haaretz, divulgada em junho último, indicou que 47% dos israelenses apoiam o assassinato de todos os palestinos – homens, mulheres e crianças – na Faixa de Gaza.

O levantamento também mostrou que 82% dos cidadãos do protetorado apoiam a expulsão dos palestinos de suas terras; além disso, 56% dos judeus israelenses, segundo o estudo, querem a expulsão de todos os palestinos que residam no território de Israel – entre os respondentes com menos de 40 anos, a porcentagem sobe para 66% (Brasil de Fato, 04/06/2025).

Com todo esse suporte interno, contando ainda o apoio fiel da Casa Branca e do Congresso dos EUA, a paralisia da ONU (em que pesem os clamores indignados do secretário-geral), a vexaminosa cumplicidade dos países árabes e a hesitação de uma União Europeia convertida em satélite da ex-colônia americana, Netanyahu (como seu ex-ministro Yov Gallant) segue a salvo da ordem de prisão expedida pelo Tribunal Penal Internacional, por crimes de guerra e de lesa-humanidade.

Tampouco há, no horizonte, efeito prático da denúncia sul-africana, corretamente apoiada pelo Brasil, na Corte Internacional de Justiça (CIJ, o mais alto tribunal das Nações Unidas), ação em que Israel é réu pelo genocídio em curso.

Embora algumas reações internacionais ao terror sionista comecem a ir além das notas de repúdio e dos belos discursos, [6] é ainda inimaginável a realização de uma marcha de líderes mundiais sobre as ruas de Paris, como a que se deu em janeiro de 2015, após o ataque ao jornal Charlie Hebdo, que cobrou a vida de doze pessoas. Marcha que contou – ironia das ironias – com a presença de ninguém menos que o Sr. Netanyahu.

Bibi não apenas segue impune como dobra a aposta, anunciando a solução final para o drama palestino, e a consolidação do Lebensraum israelense.

Num contorcionismo retórico digno da novilíngua orwelliana, o facínora registra em suas redes sociais: “Não vamos ocupar Gaza – vamos libertar Gaza do Hamas. Gaza será desmilitarizada e uma administração civil pacífica será estabelecida, uma que não seja a Autoridade Palestina, nem o Hamas, nem qualquer outra organização terrorista. Isso ajudará a libertar nossos reféns e garantirá que Gaza não represente uma ameaça a Israel no futuro”.

(Para a deputada espanhola Ione Belarra, líder do Podemos, “Netanyahu é o Hitler do séc. XXI, e deixar de detê-lo nos condenará a todos.”)

Enquanto isso, os números da carnificina vão se tornando a cada dia mais contundentes.

Estimativas variam, mas enquanto este texto é redigido o Ministério da Saúde de Gaza reporta cerca de 61 mil palestinos (1/3 deles crianças) assassinados por Israel no último biênio – número considerado conservador por diversos observadores, tendo em vista os efeitos indiretos dos ataques, como as doenças e a fome, e a dificuldade de contar os corpos sob a massa de escombros da prisão a céu aberto.

É nesse cenário que Israel anuncia o plano de conquista da Cidade de Gaza, base para a colonização da Faixa, que entre outros horrores deve provocar o deslocamento forçado de aproximadamente um milhão de pessoas.

O ataque deliberado à tenda dos jornalistas da Al-Jazeera (que vitimou Al-Sharif e 4 colegas, no último 10 de agosto) fez a imprensa internacional se debruçar sobre o número impressionante de jornalistas assassinados desde o início do massacre: “Segundo o Comite? de Protec?a?o de Jornalistas (CPJ), ONG voltada a? defesa da liberdade de imprensa, foram 192 profissionais mortos desde em outubro de 2023, o mais alto nu?mero na Histo?ria moderna, e quase tre?s vezes maior do que o registrado nas duas guerras mundiais” (O Globo, 11/08/2025).

Já a rede televisiva do Catar apresenta números ainda mais contundentes: segundo a Al-Jazeera, mais de 270 jornalistas foram assassinados desde o início da ofensiva israelense sobre Gaza, em outubro de 2023. [7]

A informação também é alvo do massacre.

É difícil, e talvez inútil, tentar identificar o que há de mais horrendo e repugnante em um genocídio — mas, de par com as imagens dos pequenos corpos despedaçados das vítimas mais inocentes da carnificina, o lento assassinato de civis palestinos desarmados pela desnutrição forçada choca especialmente.

Voltam à lembrança as imagens, gravadas na memória da humanidade, dos corpos esqueléticos dos prisioneiros de Auschwitz, uns ainda vivos, outros jogados em pilhas de cadáveres, como se nem humanos fossem — horror tão bem retratado por Primo Levi, sobrevivente de Buna-Monowitz (Auschwitz III).

Em entrevista ao The Intercept (“A Purely Manmade Famine: How Israel Is Starving Gaza”, 08/08/2025), Bob Kitchen, vice-presidente de emergências do Comitê Internacional de Resgate, explica como a fome em Gaza é resultado direto dos ataques israelenses e de restrições deliberadas à entrada de ajuda humanitária — e não de escassez global de alimentos: “Estamos presenciando uma fome puramente provocada pelo homem. […] A Faixa de Gaza é cercada por um território agrícola muito fértil. Todos os países ao redor de Gaza têm alimentos mais do que suficientes”.

Kitchen destaca que Gaza possuía estoques alimentares adequados antes da ofensiva, mas a destruição de infraestrutura, os bloqueios militares e as barreiras à entrada de suprimentos criaram um colapso artificial no acesso a comida. [8]

É a fome sendo utilizada como arma de guerra – uma evidência gritante de crime contra a humanidade, à espera de julgamento.

“Nada é mais forte que a vontade dos oprimidos”, canta o rapper palestino MC Abdul (“Shouting at the Wall”), buscando retirar força de sob as ruínas. Mas ele mesmo é sensível ao desânimo trazido pela destruição sem trégua: “Quero liberdade para a população / Dois milhões de prisioneiros vivendo neste local / Gritando contra o muro, mas nada muda / Esta é a vida sob uma ocupação”.

Sob os escombros de Gaza – a prisão a céu aberto convertida num grande cemitério, no bojo de um projeto de limpeza étnica anunciado aos quatro ventos– vai sendo enterrada a noção mesma de “civilização ocidental”, sempre permeada por demonstrações espantosas de incivilidade, mas ainda assim cantada em verso e prosa por seus próceres, à frente deles uma Europa hoje reduzida à condição de destino turístico e satélite de um império em luta contra seu inexorável declínio.

Notas

[1] Fome induzida, deslocamentos forçados, confinamento em campos de concentração; bloqueio do acesso a água e medicamentos e ataques à infraestrutura essencial – tudo isso pode entrar no pacote.

[2] Numa impecável listagem de “15 regras para discutir o belicismo israelense”, cheia de fina ironia, Caitlin Johnstone e Tim Foley explicam: “Regra 1: Israel nunca é o agressor. Se Israel ataca alguém, é em resposta a uma agressão ocorrida no passado ou um ataque preventivo para impedir uma agressão iminente no futuro. Regra 2: A história recomeça automaticamente na data do último ato de agressão contra Israel. Se alguém ataca Israel, foi completamente sem provocação, porque nada aconteceu antes do ataque a Israel.” (Vide: https://caityjohnstone.medium.com/15-rules-for-discussing-israeli-warmongering-e7f91537c772 / acesso em 26/08/2025)

[3] Vide: https://www.dropsitenews.com/p/netanyahu-trump-gaza-aid-genocide-smotrich-ceasefire-hamas (acesso em 26/08/2025).

[4] https://www.middleeasteye.net/news/israeli-former-knesset-member-moshe-feiglin-invokes-hitler-while-calling-gaza-resettlement (acesso em 26/08/2025).

[5] https://www.youtube.com/watch?v=D-zlfPbAAd0 (acesso em 26/08/2025).

[6] E neste sentido há que saudar as iniciativas de Brasil e Colômbia, que incluem a suspensão da venda de armas para o protetorado, embora ainda precisemos cobrar de Brasília o rompimento total das relações diplomáticas com o Estado genocida.

[7] Cabe notar que o gueto palestino não é o único alvo da ofensiva israelense: “Com a atenção do mundo voltada para Gaza, os colonos extremistas da Cisjordânia estão levando a cabo uma das campanhas mais violentas e eficazes de intimidação e apropriação de terras desde que Israel ocupou o território, durante a guerra árabe-israelense de 1967”, informa o NYTimes (16/08/2025).

[8] A oferta de pontos de distribuição de ajuda caiu drasticamente nos últimos meses, de centenas para apenas alguns centros controlados militarmente, forçando os residentes a se deslocarem para zonas superlotadas, onde correm risco de ser alvejados pelo terror sionista enquanto tentam alcançar alimentos e outros itens essenciais. Isto tem resultado em um número elevado de vítimas civis na busca por ajuda: entre o final de maio e o início de agosto de 2025, mais de 1.500 pessoas morreram (dentre elas Suleiman Al-Obeid, conhecido ex-jogador da seleção nacional palestina de futebol, assassinado em 6 de agosto) e mais de 10 mil ficaram feridas em locais militarizados de distribuição ou nas rotas de comboios humanitários. Como não bastasse, ainda há vítimas fatais do impacto de pacotes de ajuda lançados de aviões…

*Pedro Amaral é escritor, mestre em Relações Internacionais e doutor em Letras (PUC-Rio). É autor do livro ”Meninas más, mulheres nuas – As máquinas literárias de Adelaide Carraro e Cassandra Rios” (Papéis Selvagens).

Este artigo não representa obrigatoriamente a opinião do Viomundo.

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Publicação de: Viomundo

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