Esquerda vai às ruas domingo contra PEC da Blindagem e anistia

Movimentos sociais e partidos de esquerda prometem tomar as ruas neste domingo (21) em protestos contra a chamada PEC das Prerrogativas, apelidada de PEC da Blindagem ou PEC da Bandidagem.

Apesar de parte da bancada do PT ter votado a favor da proposta na Câmara dos Deputados, as mobilizações terão tom de repúdio à medida, aprovada em regime de urgência sob forte pressão do Centrão.

Em Curitiba, o ato acontece às 14h na tradicional Boca Maldita, com o lema “Centrão é inimigo do povo”.

A mobilização também levanta bandeiras contra a anistia articulada para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros condenados pelo STF por participação na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023.

As críticas vão além da agenda política.

Os organizadores denunciam que, enquanto a Câmara prioriza blindagem de políticos e anistia a golpistas, ficam de fora propostas que afetam diretamente a vida da população: isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, taxação dos super-ricos, PEC da Segurança e o fim da jornada exaustiva 6×1, que afeta milhões de trabalhadores do setor de serviços e comércio.

Um vídeo de convocação que circula nas redes ironiza as escolhas do Congresso:

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“Regime de urgência para o projeto do Imposto Zero? Não. Para o fim da escala 6×1? Não. Para os motoristas de aplicativo? Não. Para a PEC da Segurança Pública? Não. É urgência para anistiar golpista. É urgente que o Congresso volte a respeitar o povo brasileiro. Povo na rua contra anistia”.

Além de Curitiba, a Avenida Paulista será palco do principal ato, organizado por lideranças como Guilherme Boulos (PSOL-SP), que reforça o mote “sem anistia, fora PEC da blindagem”.

No Rio de Janeiro, a manifestação acontece em Copacabana, articulada pela produtora cultural Paula Lavigne e pelo cantor Caetano Veloso.

A expectativa é que a participação seja maior do que nos protestos de 7 de setembro, refletindo a indignação crescente com a condução do Congresso e a sensação de que a agenda econômica e social do país foi deixada em segundo plano em troca de privilégios políticos.

A esquerda tenta retomar o protagonismo nas ruas diante de um Congresso que virou as costas ao povo, dizem os organizadores.

Blindagem e anistia não podem ser moeda de troca enquanto milhões aguardam justiça fiscal e direitos básicos, afirmam.

Para a esquerda, domingo (21) é um teste: se a pressão popular não ocupar as ruas, o Centrão continuará legislando em causa própria.

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Publicação de: Blog do Esmael

Lunes Senes

Colaborador Convidado

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