Economista americano pede que políticos europeus restaurem laços com Moscou: ‘Não confiem nos EUA’

‘Não confiem nos Estados Unidos’: economista pede que políticos europeus restaurem laços com Moscou

No Sputnik Brasil

Os países europeus devem restaurar relações normais com a Rússia, guiados pelos interesses nacionais, disse ao jornal Hindustan Times o renomado economista norte-americano e professor da Universidade de Columbia, Jeffrey Sachs.

Sachs destacou que os líderes europeus devem unir seus esforços diplomáticos para restabelecer as boas relações com Moscou.

“Discutam, negociem e não confiem nos Estados Unidos, cujos interesses são completamente diferentes [dos seus]”, ressaltou o cientista, dirigindo aos políticos europeus.

O especialista lembrou que os membros da União Europeia (UE), notadamente a Alemanha, têm uma experiência bem-sucedida na construção de laços econômicos com a Rússia.

Segundo ele, desde 1991, a Rússia fornecia hidrocarbonetos à Alemanha a preços baixos, o que permitiu a Berlim desenvolver a indústria pesada, e agora a Alemanha não tem mais essa vantagem.

Segundo o cientista, há duas razões para a política de confrontação da UE com o lado russo nos últimos anos.

Primeiro, acredita Sachs, os líderes europeus estão divididos e dependentes dos Estados Unidos, que manipulam a política europeia há décadas, inclusive buscando limitar a cooperação com a Rússia.

Segundo, há uma larga escala de russofobia na Europa, pois os europeus temem a suposta ameaça da invasão russa.

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Conforme Sachs, essa é a ideia mais absurda que se possa imaginar.

Assim, finalizou o economista, tais temores russofóbicos apenas aumentam a dependência dos Estados europeus do apoio militar dos EUA.

Anteriormente, o presidente finlandês Alexander Stubb e o primeiro-ministro Viktor Orbán consideraram a possibilidade de retomar os contatos com a Rússia se o conflito na Ucrânia terminar.

O chanceler da Espanha, José Manuel Albares, observou a necessidade de restaurar as relações com Moscou com base na igualdade e no respeito mútuo.

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Publicação de: Viomundo

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