Da Redação
Procura-se um anti-Lula.
Um “novo”.
E Luciano Huck, embora já tenha escrito que não é candidato, permanece no radar dos políticos profissionais.
De Fernando Henrique Cardoso, por exemplo.
Mesmo sem saber se Huck tem esqueletos escondidos no armário, FHC já mencionou o global como uma possibilidade, causando ciúmes em correligionários como Geraldo Alckmin e João Dória.
FHC se diz amigo da família de Huck, considera o apresentador global “muito cru” para ocupar o Planalto, mas ao mesmo tempo diz que “Luciano não desistiu” e seria uma possibilidade se Alckmin não se firmar.
O governador paulista patinou outra vez no Datafolha — só aparece com 11% quando Marina Silva é sacada da disputa, o que é improvável.
Num dos cenários, sem Lula, empata com Huck em 8%.
Além disso, novas delações podem atingí-lo na Lava Jato.
O apoio de FHC, por sua vez, não é necessariamente bom.
Segundo o Datafolha divulgado nesta quarta-feira, 64% dos entrevistados rejeitariam totalmente qualquer candidato apoiado por FHC.
No caso de Lula, este número cai para 53%.
Considerem, no entanto, que Lula sofre a mais longa, ampla e insistente campanha de destruição midiática, enquanto FHC é bajulado por colunistas, dá amplas entrevistas e escreve artigos copiosos para os jornalões.
O juiz Sérgio Moro, no entanto, está relativamente pior que FHC: ele só faz política no tribunal e, mesmo assim, 50% rejeitariam qualquer candidato indicado por ele.
O ex-presidente Lula, que pode ser preso nos próximos dias, aparece como líder na pesquisa em todos os cenários, mesmo com a condenação em segundo grau pelo TRF-4.
O PT diz que ele será candidato mesmo se for para a cadeia.
Lula alcança seus melhores índices entre os menos escolarizados (47%), os que ganham até dois salários mínimos (47%) e no Nordeste (60%).
E, apesar de não ser “novo”, bate Jair Bolsonaro entre os eleitores mais jovens. Na faixa 16-24 anos, Lula venceria Bolsonaro se a eleição fosse hoje por 38% a 27%.
Bolsonaro se dá melhor entre os jovens de formação universitária e classe média alta. Mas Lula tem mais votos que ele entre os que ganham acima de 10 salários mínimos, por pequena margem.
O PT continua o partido preferido dos brasileiros, segundo a pesquisa: 19%, contra 5% do MDB e 3% do PSDB.
Lula, apesar da alta rejeição (40%, contra 29% de Bolsonaro e 21% de Ciro), conseguiria empurrar qualquer candidato indicado por ele ao segundo turno, se a eleição fosse hoje.
É que 27% dos entrevistados disseram que votariam com certeza num nome endossado pelo ex-presidente.
Abaixo, a íntegra do levantamento:
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Publicação de: Viomundo
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